Cartões sustentáveis: gastando com consciência em 2025

Cartões sustentáveis: gastando com consciência em 2025

Em 2025, o papel dos cartões de crédito e débito na economia brasileira ultrapassa a simples facilitação de pagamentos.

Com mais de R$ 4 trilhões movimentados em 2024 e crescimento estimado em 10% para o ano seguinte, o setor se mostra pronto para incorporar soluções ambientais que vão além da tecnologia digital.

O que são cartões sustentáveis e quais materiais usados?

Os cartões sustentáveis surgem como alternativa ao plástico virgem, oferecendo produtos de pagamento que reduzem o impacto ambiental sem abrir mão da resistência e da segurança.

Entre os principais insumos, destacam-se papel de madeira reflorestada, plásticos reciclados e plásticos de origem biológica. Cada material passa por processos de certificação para garantir sua origem responsável.

As instituições financeiras que adotam esses componentes apresentam produtos mais leves e recicláveis, alinhados a políticas de economia circular.

Tendências do mercado e números do setor

O avanço das soluções digitais no Brasil cria terreno fértil para inovações sustentáveis em pagamentos.

Dados de 2024 apontam que cerca de 45% do consumo familiar brasileiro é realizado com cartões, o que reforça o potencial de massificação dos modelos ecológicos.

Entre 2021 e 2022, a produção de cartões sustentáveis cresceu de forma significativa, e a expectativa é que essa demanda acelere com o aumento da conscientização ambiental dos consumidores.

Iniciativas de grandes players

Algumas empresas globais e nacionais já estabeleceram metas ambiciosas para transformar sua linha de cartões em opções verdes.

  • Mastercard: compromisso de reduzir emissões de gases de efeito estufa em 38% até 2025 e programa global de certificação Eco até 2028.
  • Thales: parceria com startups brasileiras para oferta de cartões de materiais certificados e substituição gradual de produtos antigos.
  • Caju: emissão de cartões de papel reflorestado com selo FSC para todos os novos clientes, além de políticas de comunicação transparente.

Essas iniciativas demonstram como a convergência entre tecnologia e responsabilidade socioambiental pode impulsionar o setor financeiro.

Certificações ambientais e metas

Para garantir a rastreabilidade e a confiança dos consumidores, é comum que emissores busquem selos e auditorias independentes.

Certificações como FSC para papel e normas ISO para processos de reciclagem asseguram que cada etapa da produção atende a padrões rigorosos.

Até 2030, a Thales visa ter uma produção majoritariamente sustentável, enquanto a Mastercard pretende eliminar o plástico virgem de seus produtos em todo o mundo.

Impacto ambiental e benefícios para os consumidores

Ao optar por cartões sustentáveis, consumidores e instituições colaboram diretamente para a preservação de recursos naturais.

Essa mudança reduz o uso de petróleo na produção de plásticos e diminui o volume de resíduos descartados em aterros.

  • Redução de carbono na fabricação e transporte.
  • Valorização de cadeias produtivas responsáveis.
  • Fortalecimento da imagem corporativa e da confiança do público.

Além do aspecto ambiental, o público recebe produtos duráveis que mantêm todas as funcionalidades tradicionais de segurança e validade.

Perspectivas para 2025: crescimento, desafios e oportunidades

Com mais de 168 milhões de cartões sustentáveis emitidos globalmente pela Mastercard até 2023, o mercado demonstra robustez e capacidade de escala.

No Brasil, espera-se que a participação de emissores eco-friendly cresça na mesma proporção do aumento da base de usuários de serviços digitais.

Contudo, desafios como o custo inicial de adaptação de linhas de produção e a necessidade de educação do consumidor ainda demandam esforços conjuntos de governo, empresas e sociedade civil.

Por outro lado, a diferenciação competitiva gerada pela oferta de produtos alinhados a valores de sustentabilidade pode se traduzir em maior fidelização e atração de novos públicos.

Considerações finais

Os cartões sustentáveis representam um passo relevante rumo a um ecossistema financeiro mais consciente e integrado ao conceito de economia circular.

Ao adotar materiais certificados para todos os novos clientes e estabelecer metas claras, emissores mostram que é possível equilibrar performance e responsabilidade.

Em 2025, a expansão dessas soluções tem potencial para redefinir as práticas de consumo e consolidar uma nova era nos meios de pagamento.

Investir em tecnologia aliada à ética ambiental não é apenas uma tendência: é uma necessidade para garantir a viabilidade do planeta e a confiança dos consumidores nas próximas décadas.

Fabio Henrique

Sobre o Autor: Fabio Henrique

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